O Integralismo
O Integralismo

Integralismo

 

Com origem em Portugal, o Integralismo chegou ao Brasil na primeira metade do século XX defendendo uma política tradicionalista que tem em suas bases a defesa de uma sociedade estruturada a partir da religião e da família. O intuito de se formar homens íntegros guiou os pensamentos dessa doutrina de direita.

 

Plínio Salgado

No início do século XX surgiu em Portugal uma doutrina que acreditava que a sociedade só poderia funcionar com ordem e paz, respeitando uma hierarquia social e havendo harmonia social. Tal pensamento foi inspirado na Doutrina Social da Igreja Católica, carregando elementos fascistas de cunho ultraconservadores.

Foi a mesma Doutrina Social da Igreja Católica que incentivou Plínio Salgado a desenvolver a doutrina Integralista no Brasil. Seu líder era escritor modernista a, jornalista e político, foi responsável por desenvolver e propagar o pensamento tradicionalista no Brasil, com o qual conseguiu agregar vários seguidores e fundar inclusive um partido político chamado de Ação Integralista Brasileira (AIB), no dia 7 de outubro de 1932. A partir dos estudos da Sociedade de Estudos Paulista (SEP), que analisava os problemas da nação, Plínio Salgado criou a AIB.

O movimento Integralista ganhou destaque no Brasil com um crescente número de seguidores. O partido, influenciado pelo fascismo italiano, iniciou suas atividades durante o primeiro governo de Getúlio Vargas combatendo os defensores de pensamentos de esquerda. Os integralistas acusavam os comunistas de corromper a família com seus pensamentos que ameaçavam a formação religiosa das pessoas. Considerado como um movimento de classe média, os seguidores do Integralismo ficaram conhecidos como camisas verdes ou galinhas verdes por causa de seus típicos uniformes. Além disso, eram identificados por um cumprimento específico, o “Anauê”.

 

Na década de 1930 o partido que reunia os adeptos da ideologia Integralista no Brasil participou muito da cena política nacional, especialmente com os conflitos com os grupos de esquerda. Foi o caso dos embates ocorridos com a Aliança Nacional Libertadora (ANL).

Os integralistas brasileiros se movimentaram também contra a tentativa de golpe de Estado em 1935, conhecida como Intentona Comunista. Os integralistas deram grande apoio a Getúlio Vargas no poder e, em linhas gerais, sustento para a implantação do Estado Novo em 1937. Entretanto o presidente não correspondeu às expectativas dos integralistas e, assim como fez com os demais partidos políticos da época, determinou a extinção da Ação integralista Brasileira no dia 10 de novembro de 1937. Tal fato fez com que os integralistas elaborassem um golpe de Estado em 1938, mas o empreendimento foi mal sucedido e acabaram fracassando.

 

Ao contrário do que se esperava, o movimento Integralista não acabou definitivamente com o Estado Novo. A ideologia que defende a ligação do Estado com a família, princípios éticos, religiosos e morais, à preservação da cultura local, da tradição e o desenvolvimento das zonas rurais continua vivo até os dias de hoje. É bem verdade que o movimento foi se readaptando ao longo do tempo, muitos integralistas criticam os regimes de extrema-direita ocorridos na Europa, acusando-os de “alienígenas”. Mas o pensamento de Plínio Salgado, grande nome da doutrina no Brasil, foi imortalizado desde a origem do movimento através da literatura modernista, como demonstram os estudos do Historiador Leandro Gonçalves. Plínio Salgado publicou vários livros através dos quais fazia vincular a ideologia pela qual combatia, desde histórias para crianças até os marcantes romances da geração modernista. Seu último livro foi de 1975, mas o autor não chegou a finalizá-lo, pois morreu no mesmo ano.

Entre os grupos que se declaram seguidores do pensamento de Plínio Salgado estão os Carecas do ABC e os Carecas do Ceará, que são conhecidos pela violência utilizada e assim não compatibilizam com o pensamento dos que se dizem verdadeiramente integralistas. Nesse sentido, a Frente Integralista Brasileira diz manter toda a ideologia integralista original. O certo é que até hoje a doutrina permanece viva em vários estados do país.

Por Antonio Gasparetto Junior

Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Integralismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ação_Integralista_Brasileira
https://www.ichs.ufop.br/cadernosdehistoria/download/CadernosDeHistoria-05-08.pdf
https://www.anpuhsp.org.br/downloads/CD%20XIX/PDF/Autores%20e%20Artigos/Leandro%20Pereira%20Gon%E7alves.pdf

Disponível em: <https://www.infoescola.com/historia-do-brasil/integralismo/> Acesso em: 25 Ago. 2014.

 

A Ação Integralista Brasileira

 

 
A ideologia e as ações do integralismo no Brasil

Surgida em um singular momento da História do Brasil, a Ação Integralista Brasileira aparece no momento em que novos grupos sociais aparecem no cenário sócio-político do país. Com a queda das estruturas políticas oligárquicas, os grandes eixos de discussão política e ideológico do país perdem força no meio rural e passam a ocupar os centros urbanos do Brasil.

Nesse mesmo período, novas teorias políticas surgem na Europa como um reflexo das crises advindas do período entre guerras (1919 – 1938) e a crise capitalista que culmina, em 1929, com a quebra da Bolsa de Nova Iorque. Na Europa, o fascismo italiano e o nazismo alemão foram dois grandes movimentos políticos que chegaram ao poder em face às incertezas vividas naquele período.

No Brasil, a rearticulação política vivida com a Revolução de 1930 fez com que o Integralismo aparecesse como uma alternativa frente ao recente governo de Getúlio Vargas e o crescimento dos movimentos operário e comunista. Sob o comando de Plínio Salgado, a Ação Integralista conseguiu o apoio de setores médios, empresários e setores do operariado. Entendidos por muitos como um “fascismo abrasileirado”, esse movimento contou com suas particularidades.

Entre as principais ideias defendidas pelos integralistas, podemos destacar o corporativismo político, a abolição do pluripartidarismo, a perseguição aos comunistas, o fim do capitalismo especulativo e a ascensão de um forte líder político. Além do conteúdo ideológico, os integralistas fizeram o uso massivo dos meios de comunicação, frases de efeito, criação de símbolos e padronização comportamental.

Os integralistas utilizavam de uma saudação comum, “Anauê”, expressão de origem indígena, para cumprimentar seus associados. Além disso, vestiam camisas verdes e adotaram a letra grega sigma (símbolo matemático para somatória) como formas que incentivariam um forte sentimento de comunhão e amor à pátria. Mesmo contando com intensas manifestações, os integralistas perderam força com a implementação do Estado Novo, no final dos anos 30.

Por Rainer Sousa
Mestre em História

Disponível em: < https://www.brasilescola.com/historiab/a-acao-integralista-brasileira.htm> Acesso em: 25 Ago. 21014

 

Integralismo

 

Também conhecido como Nacionalismo Integral, o Integralismo  tem como características o ultra conservadorismo e defende que uma sociedade só consegue funcionar com ordem e paz. A doutrina ainda prega o respeito às hierarquias sociais, a demonstração de méritos pessoais, união da sociedade e harmonia. Sua inspiração provém da Doutrina Social da Igreja Católica, nascida em Portugal do século XX e se opõe à ideias da Revolução Francesa, ao comunismo, socialismo e ao anarquismo.

O integralismo chegou ao Brasil no início do século XX, nos anos 30, quando o país era chefiado pelo ditador Getúlio Vargas. Porém, o integralismo brasileiro tem suas diferenças com o modelo aplicado em Portugal. No Brasil, a questão do regime republicano ou monárquico não foi contestada, mas a inspiração na doutrina católica e o antiestatismo modernista do fascismo marcaram presença, principalmente no caso de Plínio Salgado, que ajudou a fundar a Ação Integralista Brasileira, tornando-se o chefe deste movimento nacional.

 

Durante todo o Governo Vargas o integralismo esteve no poder de 1930 a 1945. Foi o partido integralista que deu sustentação à ditadura Vargas em um primeiro momento. Porém, Vargas não se revelou o que os Integralistas esperavam. Após tentarem um golpe de estado em 1938, acabaram fracassando. Os integralistas ainda seriam os responsáveis pela derrota das tropas violentas de Luiz Carlos Prestes na Intentona Comunista de 1935.

 

A linha de pensamento Integralista baseia-se na necessidade de um sistema político adequado para cada país. Tal sistema deveria adaptar-se à cultura, religião, história e filosofia das nações. A prioridade é a preservação da cultura nacional a qualquer custo, mesmo que se tenha de forjar falsos ídolos nacionais e criar uma cultura inexistente. Um sentimento de preconceito contra tudo que é estrangeiro domina as ideias integralistas. Além disso, o desenvolvimento das zonas rurais é valorizado. Outro aspecto defendido é a criação de uma forma de governo estruturada na ligação do Estado com a família, o que preservaria princípios éticos, religiosos e morais.

 

Por Felipe Araújo

 

Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Integralismo

https://www.integralismo.org.br/

https://educacao.uol.com.br/historia-brasil/integralismo.jhtm

 

Ação Integralista Brasileira

 

A Ação Integralista Brasileira (AIB), foi um partido político brasileiro, fundado pelo jornalista Plínio Salgado em 7 de outubro de 1932, com o “Manifesto de 1932”, que defendia um Estado autoritário. Foi um partido que iniciou suas atividades influenciado pelo fascismo italiano, firmando-se como uma extensão do movimento constitucionalista.

Assim como outros movimentos nacionalistas é considerado um movimento da classe média. Devido ao uniforme que utilizavam, ficaram conhecidos como camisas verdes ou galinhas verdes. Os principais militantes que deram vida ao movimento foram: Plínio Salgado, Gustavo Barroso e Miguel Reale. O Integralismo foi um movimento muito importante na década de 1930, sendo que posteriormente influenciaria muitos políticos e intelectuais durante as décadas seguintes.

 

O presidente Getúlio Vargas apoiou a organização do movimento integralista desde o seu início, mas tão logo implantou o Estado Novo que surpreendeu os integralistas proibindo a existência de qualquer agremiação política a partir de novembro de 1937. Com isso, alguns integralistas insurgiram-se tentando dar um contragolpe na ditadura de Vargas em 1938.

 

Em 11 de maio de 1938, o Palácio da Guanabara, onde era a residência oficial do presidente da república, foi atacado por cerca de 80 integralistas liderados por Severo Fournier. Eles queriam depor o presidente e reabrir a AIB. Mas Getúlio conseguiu sufocar a rebelião frustrando o plano dos integralistas. Como consequência, o partido permaneceu fechado durante todo o governo de Vargas, milhares de militantes da AIB foram presos e Plínio Salgado foi exilado em Portugal. O ocorrido ficou conhecido como Levante Integralista.

 

Os integralistas se apresentavam oficialmente uniformizados e cumprimentavam-se utilizando a palavra “Anauê” de origem tupi, que significa” Eis-me aqui”, com o braço esticado e mão empalmada, imitando outros grupos fascistas europeus. Em paradas militares, os membros do movimento marchavam como soldados. Foi o maior movimento político no país, tanto que perdura até os dias de hoje.

 

A ideologia do integralismo não aceita o capitalismo, defende a propriedade privada, o resgate da cultura nacional, o moralismo, valoriza o nacionalismo, o combate ao comunismo e ao liberalismo econômico.

 

Por Cristine Delphino

 

Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ação_Integralista_Brasileira

https://educacao.uol.com.br/historia-brasil/integralismo.jhtm

 

Disponível em: < https://www.historiabrasileira.com/brasil-republica/acao-integralista-brasileira/> Acesso em: 25 Ago. 2014.