CIÊNCIA E TECNOLOGIA
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Primeiro foguete com combustível líquido é lançado em Alcântara

Movido a etanol e oxigênio líquido, o veículo de sondagem tem motor totalmente desenvolvido no País; voo teve duração de 3min34s
O primeiro foguete brasileiro com combustível líquido foi lançado às 23 horas de segunda-feira, 1, do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). O principal objetivo da missão, coordenada pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), era testar o motor L5, totalmente desenvolvido no Brasil e que utiliza etanol e oxigênio líquido para propulsão.

  

O foguete de sondagem é suborbital, isto é, não sai da atmosfera terrestre. No voo, com duração de três minutos e 34 segundos, o VS-30 descreveu uma parábola até cair no mar, conforme o previsto. A Marinha atuou no isolamento do tráfego marítimo e na comunicação com os navegantes.

  

De acordo com o coordenador geral da operação, coronel Avandelino Santana Junior, o combustível líquido - utilizado na maior parte dos programas espaciais do mundo - substituirá com diversas vantagens, no futuro, os propulsores sólidos utilizados até hoje no VLS-1 (Veículo Lançador de Satélites) do Programa Espacial Brasileiro. "Se comparado a países como China e Índia, Brasil está no estágio inicial do desenvolvimento de propulsão líquida para foguetes. Os maiores satélites são colocados em órbita com motores de combustível líquido", disse.

  

O desenvolvimento do motor L5, segundo Santana Junior, foi resultado de anos de estudo no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), ligado ao comando da Aeronáutica. "O L5 foi testado pela primeira vez no Brasil em condições de temperatura e pressão reais", afirmou. A propulsão líquida, de acordo com ele, tem as vantagens de melhorar a precisão da inserção em órbita e liberar mais energia de impulsão e usar câmaras de combustão mais leves - o que aumenta a força do foguete, diminuindo seu peso. "Teoricamente, a substituição do combustível sólido permitirá quase dobrar a carga-útil - isto é, o conjunto de módulo e satélite - do nosso atual lançador VLS-1", afirmou.

 

O VS-30 V13 decolou movido por um estágio propulsor de combustível sólido, que foi programado para se desprender do foguete 124 segundos após o lançamento. A partir daí, uma carga de nitrogênio gasoso aciona o estágio propulsor de combustível líquido (EPL), enviando o etanol e o oxigênio líquido para o motor L5, converte a energia química em força propulsora. O impulso gerado é de cinco quilonewtons. O voo impulsionado pelo motor de etanol e oxigênio líquido durou um minuto e meio.

  

O foguete levou embarcados dispositivos experimentais do IAE, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e da empresa Orbital Engenharia, responsável p. A carga útil não é resgatada. Mas o módulo de telemetria monitorou todo o funcionamento no estágio de propulsão líquida, enviando os dados remotamente para o estudo do comportamento do veículo. "Verificamos o bom funcionamento do motor L5 durante os 90 segundos previstos", disse Santana Junior.

 

Segundo Santana Junior futuras versões dos principais veículos lançadores de satélites brasileiros preveem estágios a propulsão líquida. Para isso, segundo ele, é essecial o domínio técnico desse tipo de combustível. "Com as vantagens desse tipo de combustível, esperamos que haja no país o desenvolvimento de toda uma cadeia técnica e produtiva - envolvendo centros de pesquisa, institutos, universidades, indústria - especializada em projetos envolvendo propulsão líquida", afirmou.

 

Além dos testes do combustível, da interface entre o propelente sólido e o líquido, a missão também teve os objetivos de manter a operacionalidade do centro de lançamento e dar prosseguimento ao Programa Espacial Brasileiro, em coordenação com a Agência Espacial Brasileira (AEB). "Além disso, em um cenário de baixo orçamento e sem cooperação estrangeira na área de propulsão líquida, isso pode ser uma alternativa para treinar e capacitar equipes nessa área", declarou Santana Junior.

Disponível em: <https://estadao.br.msn.com/ciencia/primeiro-foguete-com-combust%C3%ADvel-l%C3%ADquido-%C3%A9-lan%C3%A7ado-em-alc%C3%A2ntara> Aceso em: 09 Set. 2014. 

 

MSN Brasil - 05-09-14

 

Astronauta captura imagem do nascer do sol sobre o oceano

 

Reid Wiseman, que está à bordo da Estação Espacial Internacional, publicou a foto em sua conta pessoal no Twitter
Astronauta captura imagem do nascer do sol sobre o oceano

"Terra vista do espaço"

O astronauta Reid Wiseman, à bordo da Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês), publicou em sua conta no Twitter, nesta terça-feira, 2, o que disse ser sua "vista preferida do espaço". A imagem mostra o nascer do sol sobre o oceano. 

 

Wiseman faz parte da Expedição 40, que passa atualmente por exames médicos. Ao mesmo tempo, um trio de residentes em órbita se prepara para voltar para casa em menos de duas semanas. 

Disponível em: <https://estadao.br.msn.com/ciencia/astronauta-captura-imagem-do-nascer-do-sol-sobre-o-oceano> Acesso em: 09 Set. 2014.

 

 

 

 

 

 

O astronauta, que tem mais de 250 mil seguidores no Twitter, compartilha com frequência fotos tiradas do espaço. Veja mais imagens.